ZPE controla área que seria da refinaria do Ceará
São Gonçalo do Amarante. Foram mais de 40 anos de expectativa. Concretamente, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a prometer, há oito anos, que a refinaria Premium II viria para o Ceará. No ano passado, a Petrobras anunciou definitivamente que desistia do projeto. Isso gerou uma perda de, pelo menos, R$ 596 mil. Da parte do Ceará, havia sido adquirida uma área de 1.900 hectares, com a compra de vários terrenos, principalmente de sítios. Além disso, foi construída uma estrada, para isolar a antiga rodovia que ligava Caucaia até o Pecém para a instalação do polo petroquímico.
>Paralisação foi completa nos Inhamuns
>Esperança do biodiesel deu lugar à decepção no Sertão Central
>Engenho São Franciscomais parece uma indústria fantasma
>Restou a frustração do sonho da Cariri I
>A frustração de projetos ligados à produção de combustíveis
>Alternativas para seguir
Reviravolta
Os bons ventos voltaram a soprar, segundo o assessor especial do governador Camilo Santana. No fim de maio passado, quando já se preparava para se afastar temporariamente da Presidência da República, Dilma Rousselff assinou decreto, ainda sem número, que amplia a área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), no Complexo Portuário do Pecém, que já abrange três empresas, inclusive a Siderúrgica do Pecém.
O presidente da ZPE, Mário Lima Júnior, comemorou o ato da presidente afastada porque lembra que a área passa a ter uma expansão, que não apenas comportará uma refinaria, um projeto ainda não abandonado pelo governo do Estado, mas outros empreendimentos nos setores de metal-mecânico, granito, têxtil, calçado e agroindústria. Já Balhamann assegura que o projeto da refinaria tem grandes indicadores de ser viabilizado. Dessa vez, com a participação da iniciativa privada, por meio de um grupo de investidores chineses.
Ele informou que as tratativas já foram iniciadas e o impedimento mais forte no momento é a instabilidade econômica que o País atravessa. Se uma porta se fechou, outras vêm sendo abertas para que o Complexo Portuário, onde funciona uma ZPE, dê o salto de qualidade para a economia cearense.