Ambulatório de Nutrição em Maracanaú atenderá seis Municípios

Inaugurado na semana passada, o ambulatório de Nutrição, no Hospital Municipal Dr. João Elísio de Holanda (HMJEH), em Maracanaú, já conta com uma agenda cheia para atendimento de pacientes. Isso porque, além da própria do Município, a demanda consiste em pessoas provenientes de localidades vizinhas.

O consultório consiste num espaço simples, funcionando dentro do Hospital. No entanto, o mais difícil foi se contar com profissionais especializados

A dificuldade de se encontrar profissionais especializados nessa área deverá atrair, ainda, clientela de Pacatuba, Pacajus, Itaitinga, Horizonte, e Maranguape. A coordenadora de Nutrição do Hospital, Anizete Quinderé, explica que já era esperado uma sobrecarga de atendimento por conta da inexistência desse serviço e da necessidade no tratamento para diversos pacientes que são encaminhados por endocrinologistas e cardiologistas.

O ambulatório de Nutrição realizará uma média de 100 atendimentos mensais a diabéticos e hipertensos previamente avaliados e encaminhados por meio do Sistema de Regulação do Município (Sisreg). "Nós somos um hospital de referência para toda esta região metropolitana, e há uma carência muito grande na assistência a pessoas que requerem uma maior atenção no acompanhamento alimentar", ressalta a coordenadora do HMJEH.

Concurso

Inicialmente, serão atendidos os servidores do HMJEH e, a partir do dia 1° de setembro, os usuários do Município. O funcionamento será de segunda à sexta-feira, das 13 às 17 horas, com três nutricionistas. Anizete lembra que, contar com essas profissionais, foi a conquista maior para que se viabilizasse o ambulatório. Conforme ressalta, o consultório é uma unidade simples, contando com um birô, maca e balança. No entanto, o mais difícil estava sendo a disponibilidade de quadros, o que acabou acontecendo com a realização de concurso público.

"É evidente que vamos ter uma dificuldade inicial para atender à demanda, porque, até então, o serviço não existia. Além disso, como as primeiras consultas são mais demoradas, porque é preciso fazer um levamento histórico alimentar, a perspectiva é de que o número diário de exames estará limitado a cinco pacientes. Os critérios de prioridade são para casos de portadores de patologias como obesidade mórbida, diabetes e dislipidemia (alterações nos níveis de gordura). No primeiro mês, já se conta com 30 pacientes na lista de espera.

Melhoria

A servidora pública Júlia Alcântara da Rocha, 22 anos, já vem sendo atendida pelo serviço. Ela percebe que as informações passadas pela especialista Tatyane Saunders já causaram um efeito considerável no seu bem estar e na qualidade de vida, além do aumento da autoestima, em vista da insatisfação que havia com o peso.

Considerada como obesa, Júlia já se ressentia de hipertensão. No entanto, a ajuda da nutricionista fez com que a doença tenha sido controlada, por meio da mudança de hábitos alimentares.

"Para mim, o mais difícil foi mudar a minha alimentação. Deixar os refrigerantes e bolos foram os grandes desafios", afirma. Ela também diz que se surpreendeu com o fato de que essas mudanças não implicaram em maior financeiro.

Aliás, lembra que há uma economia considerável quando a base nutricional passa a ser alimentos naturais. "Para mim, é motivo de admiração, a vida pode melhorar bastante com conhecimento e, naturalmente, com força de vontade", destaca.

Mais informações:

Prefeitura Municipal
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Telefone: (85) 3521.5067




MARCUS PEIXOTO
REPÓRTER