Firmo Camurça é reeleito com 72,1% em Maracanaú

por Marcus Peixoto - Repórter
Um dos locais de votação em Maracanaú, localizado dentro de uma reserva indígena, contou com mesários e eleitores de uma mesma aldeia ( Foto: Kid Júnior )

Maracanaú / Caucaia. Os eleitores de Maracanaú, reelegeram, com 72,1% dos votos válidos, Firmo Camurça (PR) para mais quatro anos como prefeito do município da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Em Caucaia, também na RMF, a disputa entre Naumi Amorim (PMB), que obteve 48,1% dos votos válidos, e Eduardo Pessoa (PSDB), com 31,7%, vai para o segundo turno. Um dos locais de votação em Maracanaú, localizado dentro de uma reserva indígena, contou com mesários e eleitores de uma mesma aldeia.

Denúncias de compra de votos foi a situação que mais despertou a atenção da Justiça Eleitoral em Maracanaú. Apesar de não terem sido registradas prisões, houve indicativos de que lideranças políticas tentaram aliciar eleitores. Também nesta cidade, houve locais de votação dentro da reserva indígena Pitaguary, com mesários e delegados das aldeias.

Segundo o juiz da 104ª Zona Eleitoral, Augusto César de Luna, as denúncias vinham sendo apuradas pelas Polícias Federal e Militar. Ao todo, foram às urnas cerca de 140 mil eleitores, divididos por duas zonas. Por determinação da Justiça, foi proibida a venda de bebidas alcoólicas de zero hora de sábado até as 18 horas de ontem.

No Fórum de Maracanaú, a manhã do domingo teve uma demanda maior pelos defeitos que ocorreram nas urnas eletrônicas. O Município foi um dos que contou a biometria. Em locais de maior movimento, como O Liceu estadual, a votação retardou por até 20 minutos, em decorrência de defeitos no equipamento. Segundo informou a mesária Luciane Maia Gondim, da 11ª seção, da 112ª, o pleito somente não teve um atraso maior, por conta da intervenção dos técnicos destinados ao local.

Para a chefe de cartório Mariana Coelho, as falhas técnicas são comuns. No entanto, lembrou que até a parte da manhã não recorreu às urnas de contingência. "Podemos dizer que Maracanaú teve um pleito tranquilo".

Na reserva indígena instalada no Município, a movimentação ocorreu no entorno da Escola Povo Pitaguary, mesmo após os eleitores terem votado.

A professora Roberta Augustinho, que atualmente reside fora da aldeia, manifestou a vontade de que as eleições municipais venham não apenas renovar as lideranças políticas, como também a mentalidade do povo, para exigir que se cumpram os direitos, especialmente aqueles dos povos indígenas.

"Hoje, temos uma grande demanda por postos de saúde, mais educação e empregos. As terras dos índios não são respeitadas e isso tem que ser mudado", desabafou. O mesmo sentimento foi expressado pela exposição do falecido cacique Daniel, Maria Luíza dos Santos Barros. Ela lamentou a ausência de compromissos dos eleitos.

Caucaia

Com seis candidatos aos cargos majoritários, o município de Caucaia viveu uma das eleições mais movimentadas da RMF. Até o começo da tarde, vários locais de votação ainda registravam aglomerações de eleitores, que acompanhavam a movimentação da segurança que foi reforçada. Pelo menos 50 policiais militares atuaram na ordem e contenção de irregularidades nesse município.

Um dos locais de maior aglomeração foi o entorno da Escola Municipal Deputado Federal Flávio Marcílio. Segundo a eleitora Maria de Lourdes do Carmo, não houve exagero na mobilização policial, em vista de que as irregularidades poderiam acontecer caso o poder público não tivesse tomado tantas medidas preventivas.

Segundo o chefe do cartório da 37ª Zona Eleitoral, Luiz Alberto Oliveira Júnior, Caucaia desponta para uma eleição em segundo turno, em função do quantitativo de pessoas aptas a votar. O Município registra 213,181 eleitores, divididos por três zonas.

Luiz Alberto informou que também houve denúncias de compra de votos, que também estava sendo apurado pela Polícia, com acompanhamento do juiz Henrique Jorge dos Santos Falcão. Ele informou que também não foram registradas prisões por irregularidades verificadas durante o dia de ontem.

 

 

Marcus Peixoto

Bruno Prior é pintor, ambientalista e pastor protestante. Ele se envolve numa série de crimes, incluindo desde falsificação de quadros até lavagem de dinheiro. Por enganar um bispo evangélico para a construção de uma igreja no Red Light (Luz Vermelha), em Amsterdã, passa a ser alvo de uma caçada internacional. O dinheiro avaliado em milhares de euros é convertido em drogas e orgias.

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