Manifestantes protestam contra a PEC 55 durante visita de Temer ao Ceará
Manifestantes protestaram, na tarde desta sexta-feira (9), no entorno do Banco do Nordeste (BNB), no bairro Passaré, contra a PEC 55, que deve ser votada na próxima terça-feira (13) no Senado, e também gritavam "Fora Temer". O ato ocorreu durante a visita do presidente Michel Temer à Fortaleza. O peemedebista foi de helicópteroao evento e não teve contato com as pessoas ao chegar à sede do banco.
O protesto aconteceu por volta das 15 horas, logo após a chegada do helicóptero ao Passaré. Com faixas, cartazes e proclamando palavras de ordem, os manifestantes denunciavam a crise política e institucional do País. Centrados em lutas como “Fora Temer” e “Contra as demissões no serviço público”, os participantes do movimento permaneceram até por volta das 17 horas, tanto ocupando as entradas principais do BNB, quanto, por alguns minutos, bloqueando as duas vias da Avenida Dr. Silas Munguba.
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Segundo informou a representante da Crítica Radical, Rosa da Fonseca, o movimento teve como principal caráter marcar a oposição e a resistência do cearense contra a política econômica do presidente Michel Temer e a crise institucional. Ela destacou a participação dos servidores do Hospital Maternidade Assis Chateaubriand e do Hospital Universitário Walter Cantídio, que repudiaram as demissões que vêm ocorrendo nessas duas unidades hospitalares.
O comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Gilvandro Oliveira, estimou que cerca de 80 pessoas participaram do protesto. Ele informou que foram mobilizados em torno de 70 policiais para garantir a segurança das redondezas do BNB, onde o presidente da República esteve durante duas horas em sua visita ao Ceará. O incidente mais grave se deu quando uma viatura da Polícia se lançou sobre os manifestantes já no final do ato, mas sem maiores consequências.
Já lideranças do movimento acreditam que foram mobilizadas cerca de 200 participantes, entre estudantes e trabalhadores, a exemplo de integrantes da União Nacional dos Estudantes, União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), União da Juventude Socialista (UJS), dentre outros. Uma das ausências sentidas pelas militância foi a de integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Para a estudante de Serviço Social Leidiane Chaves, o protesto se justifica diante da constatação das bases em torno da precarização de todas as áreas do país, especialmente nas questões sociais. “Esse é um movimento que não podemos ser omissos”, disse.
