Morre aos 73 anos o poeta e politico Barros Pinho

Faleceu, hoje, aos 73 anos, de câncer, o poeta e político José Maria Barros Pinho. Meu primeiro contato pessoal foi quando assumiu a prefeitura de Fortaleza, durante o período mais tumultado na administração municipal já vivido na minha experiência profissional. Com o afastamento de César Neto à frente do executivo, que por herança do regime militar os prefeitos das capitais eram nomeados, sua permanência no cargo era intercalada também também por impedimentos sucessivos. Ou seja, ele amanhecia prefeito e anoitecia exonerado, por força de decisão do Tribunal de Justiça. 

como assessor de imprensa, lembro da dificuldade de começar o lead do realese, porque o mesmo parágrafo que começava afirmando "O prefeito César Neto", precisava ser modificado porque naquele instante uma decisão de um desembargador dava lugar a Barros Pinho. 

Depois, foi-se consolidando como gestor e aplainando os caminhos para o seu mais provável sucessor, o então deputado federal Paes de Andrade. Nas eleições municipais seguintes, Paes sofreu um vexame ao ser derrotado nas urnas pela então petista Maria Luiza  Fontenele, terceira colocada nas preferências populares pelos institutos de pesquisa, dias antes do pleito.Quase no apagar das luzes , para nós jornalista do gabinete do Prefeito nos brindou com um salário base de cinco salários mínimos, que somente foram pagos durante sua gestão.

Depois, tornei a vê-lo na Assembléia legislativa como deputado estadual. Desta vez, fazia oposição ao então governador Tasso Jereissati, num bloco que contava com outros parlamentares eloquentes, mas inócuos ou impotentes, diante do rolo compressor da maioria situacinista.

Em ambas situações, senti uma personalidade tensa. Como prefeito substituto,deendo um mandato tampão, havia a briga de liminares. Como deputado do PMDB, ressentia-se da fraqueza do legislativo e às vezes, em seus discursos, a eloquência cedia espaço ao desabafo temperamental.

Sei que sua luta como democrata foi bem anterior à minha militância como jornalista. Seu vinculo com a liberdade de expressão, os movimentos populares e a retomada do estado de direito antecederam minha consciência de que o País vivia tempos de refém de um movimento militar, tramado pela CIA.

Pela sua morte, o o prefeito Roberto Pessoa decretou hoje, 28, luto oficial de três dias em virtude de que seu último serviço público foi como presidente da Fundação de Cultura – Funcult  da Prefeitura de Maracanaú. Ele está sendo velado, a partir das 13 horas, na Assembleia Legislativa do Ceará  onde amanhã, 29, às 9 horas, haverá a Missa de Corpo Presente. O sepultamento será às 10 horas deste domingo, 29, no Cemitério Parque da Paz - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 4454, bairro Passaré, em Fortaleza. Barros Pinho, como era conhecido, foi administrador, professor, empresário, jornalista e escritor. Na vida pública, ocupou importantes cargos, como vereador em Fortaleza pelo MDB (1979-1982), deputado estadual pelo PMDB (1983-1985) e prefeito de Fortaleza (1985-1986). Também foi secretário de Cultura do Ceará e, posteriormente, do Município de Fortaleza, presidente do Instituto de Previdência da Prefeitura de Fortaleza, entre outros. O poeta e escritor Barros Pinho destacou-se também pela sua vasta produção literária,  com obras como Natal de barro lunar e quatro figuras no céu (1960), Planisfério (1969), Circo Encantado (1975) e Natal do castelo azul (1984). Foi também membro da Academia Cearense de Letras (Cadeira 14) e integrante da Academia Cearense de Retórica (Cadeira 28), da Academia Fortalezense de Letras e Academia Cearense de Artes Letras e Ciências do Rio de Janeiro. Recebeu os títulos de “Cidadão Cearense e Cidadão Maracanauense, aprovados, respectivamente, pela Assembleia Legislativa do Estado e pela Câmara Municipal de Maracanaú.

Marcus Peixoto

Bruno Prior é pintor, ambientalista e pastor protestante. Ele se envolve numa série de crimes, incluindo desde falsificação de quadros até lavagem de dinheiro. Por enganar um bispo evangélico para a construção de uma igreja no Red Light (Luz Vermelha), em Amsterdã, passa a ser alvo de uma caçada internacional. O dinheiro avaliado em milhares de euros é convertido em drogas e orgias.

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