Mostra de brinquedos encanta pais e crianças
O pequeno Bernardo, de 4 anos, não se contém. Em meio a centenas de brinquedos, o seu preferido é um foguete, feito de material reciclado, que integra acervo estimado em 500 peças produzidas pelas próprias crianças. Acompanhado de seus pais, Marcos e a Natália Campos, ele era espectador de uma mostra que se propôs a fazer com que a garotada não apenas se interessasse pela exposição, mas que tivesse a condição de produtor cultural.
Bernardo e seus pais participaram, ontem, do último dia da exposição do I Salão de Artes da Criança, que estava em cartaz no Estoril, na Praia de Iracema, desde o dia 12 de outubro, por ocasião do Dia da Criança. A mostra fez parte da programação do I Salão de Artes da Criança, por iniciativa da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), com o apoio da Secretaria de Educação do Município. A ideia é que a mostra passe a ser itinerante, se instalando em outras áreas da cidade, ou que também vá para outras cidades do País.
Segundo o secretário de Cultura do Município, Magela Lima, a ideia teve início tão logo foi iniciada a gestão, quando se concebeu linhas de produção para o público infantil, em que esse segmento também pudesse ser protagonista. "Esse é um projeto pioneiro em Fortaleza e que certamente ficará no calendário das atividades culturais", afirmou.
Na sexta-feira passada, a iniciativa ficou no terceiro lugar do Prêmio Projeto Inovador, atrás dos projetos Estoque Zero, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), e Modelo de Arrecadação de Fortaleza, da Secretaria de Finanças de Fortaleza (Sefin).
Admiração
A mostra agradou adultos e a garotada. A mãe de Bernardo, a bancária Natália Campos, considerou que foi importante revelar a arte que está no espírito infantil e, principalmente, oferecer acesso para a contemplação dos objetos. "As crianças se identificam com o que vê e isso causa grande admiração", avalia.
A monitora da exposição, Carmem Passos, ressaltou que o encantamento foi geral, sobretudo, entre aqueles que produziram as peças. Foram escolhidas 500 dentre os 1.700 trabalhos de alunos das escolas de ensino fundamental do Município.
O coordenador da exposição, Gandhy Piorski, lembrou que os trabalhos tiveram o acompanhamento de artistas plásticos. "Deixamos a criança livre para criar. Queremos entender qualquer anseio, sonho e a linguagem que pode ser expressada da forma não falada pela criança", disse. Além de Piorski, os artistas Narcelio Grud, Jabson Rodrigues, Ise Araújo, Bruna Beserra, Júnior Benício, Carlos Careca e Marina de Botas foram mediadores das oficinas e criaram uma obra para a exposição.
Marcus Peixoto
Repórter
