Museu incentiva conhecer e preservar as áreas de mangues

Ao todo, o passeio tem a duração de quatro horas. Duas para sair da foz e percorrer até 1,5 quilômetros do rio Pacoti, em Aquiraz, e mais duas para o retorno ao ponto de partida. Por todo o percurso, o participante passa a experimentar um mundo de diversidade de flora e fauna do manguezal e, sobretudo, a manter uma postura respeitosa, diante da vulnerabilidade do ecossistema diante do crescente processo de degradação.
O passeio é promovido pelo Museu Natural do Mangue, uma iniciativa do educador ambiental Rusty de Castro. Além do acervo natural, uma vez que está instalado em espaço aberto e público, a observação de espécimes nativas vegetais e animais são favorecidas com traslados em caiaques, caminhadas por uma trilha e pelo envolvimento com “o conhecimento interpretativo e conceitual”, como afirma Rusty de Castro.
Essa iniciativa existe há 10 anos e foi motivada, conforme conta Rusty, pela compreensão de que deveria tomar uma iniciativa, no sentido de defender um dos mais importantes e, ao mesmo tempo, negligenciado ecossistemas da natureza.
“O Museu surgiu em reunir, num primeiro momento, um acervo representativo da fauna e flora do lugar. No entanto, fomos sendo motivados a ampliar esse conhecimento na vivência do próprio local”, conta o educador ambiental.
A fragilidade que passa o mangue no entorno do rio Pacoti, que divide os Municípios de fortaleza e Aquiraz, chega até ser bem menor do que acontece em to outros mais próximos da Capital, como os dos rios Ceará e Cocó. “Na verdade, o rio Pacoti tem mais proteção, porque seu acesso é dificultado pelo Beach Park, do lado do Aquiraz, e da Colônia de Férias da Cofeco, no lado de Fortaleza”, diz.
Mesmo assim, chama a atenção que a necessidade do morador ribeirinho pelos alimentos que o mangue oferece deixa todos em situação de vulnerabilidade. Além disso, lembra que a degradação tem-se acentuado com os projetos de carcinicultura, que tem sido os mais danosos e comprometedores para os estuários nos manguezais.
Segundo a educadora ambiental Daniela Gurgel, iniciativas como essas são importantes para se oferecer um novo olhar sobre o meio ambiente.
“Agente não passa apenas a conhecer um novo tipo de vegetação, um novo tipo de solo e uma fauna e flora exóticas. Na verdade, o principal efeito, pelo menos para muitas pessoas, é a vontade de quer proteger”, afirma Daniela.
Com isso, lembra que vem estimulando os passeios de grupos, quando sempre se aproveita para se fazer coletas de lixo (principalmente plásticos) e fazer um repovoamento de espécies vegetais.
Para participar dos passeios, são cobrados R$ 35,00 por pessoa. Mas não é apenas isso. O coordenador do evento solicita que haja um agendamento prévio, a fim de saber qual o perfil do grupo e que tipo de atividades podem ser desenvolvidas, conforme a capacidade física. No entanto, ressalta que é extensiva para diferentes grupos de faixas etárias. Também procura sair da foz quando a maré está alta e retornar quando está baixa.
Na caminhada por terra, há paradas por 12 estações. Em cada um, se faz uma mostragem do do tipo de vegetação, com suas árvores características: os mangues vermelho, branco, botão e preto. “Para nossas expedições ecoturísticas e desportivas utilizamos modernos caiaques. Num breve histórico antes da expedição, relatamos que os caiaques foram concebidos há séculos atrás. Construídos com ossos de baleias e revestidos de pele de foca, material disponível na região do Circulo Ártico. Com finalidade de transportar os caçadores “inuit” por regiões inóspitas, essas embarcações se notabilizaram por sua engenhosidade e versatilidade”, ensina Rusty.
“São equipamentos modernos, As pessoas utilizam coletes salva vidas e fazemos uma breve introdução sobre como será o passeio e seus intervalos para explicações a cada estação”, explica. Ao final, é oferecido um lanche aos participantes.
Rusty é especialista em trilhas, expedição em canoagem, formação de guias mirins na área de educação ambiental. Além disso, atua como articulador de esportes de aventura Ele reside com sua família em uma casa nas proximidades do mangue da Sabiaguaba.

Marcus Peixoto

Bruno Prior é pintor, ambientalista e pastor protestante. Ele se envolve numa série de crimes, incluindo desde falsificação de quadros até lavagem de dinheiro. Por enganar um bispo evangélico para a construção de uma igreja no Red Light (Luz Vermelha), em Amsterdã, passa a ser alvo de uma caçada internacional. O dinheiro avaliado em milhares de euros é convertido em drogas e orgias.

Livro impresso: R$ 31,23
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