Poços começam a ser perfurados em junho

por Marcus Peixoto - Repórter
Bjk O conjunto de dunas no litoral Oeste, como é o caso de Paracuru, não apenas dá maior estabilidade das lagoas, como favorece ainda águas subterrâneas

O Governo do Ceará deverá iniciar, em junho deste ano, a perfuração de poços profundos, nas cidades da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A primeira bateria deverá atender cidades compreendidas entre o Pecém, em São Gonçalo do Amarante, até Paracuru, no litoral Oeste do Estado.

Governo dá reajuste no consumo de água bruta

A decisão foi tomada na sexta-feira (11), em reunião do Comitê Integrado de Convivência com a Estiagem, no Palácio da Abolição, e foi presidida pelo chefe do gabinete do governador, Élcio Batista. Na ocasião, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) apresentou um estudo em área do litoral cearense, apontando o potencial para atender parte das demandas do lado Oeste da RMF.

Investimento

A ideia é possibilitar economia das reservas dos açudes que abastecem a Capital e Região Metropolitana, que atingiram os índices mais baixos. A medida está incluída entre as ações que o governo vem planejando para evitar colapso no fornecimento de águas regiões mais vulneráveis.

O presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, explicou que no primeiro momento a perfuração de poços se situará numa das áreas onde há um sistema de dunas, que favorecem a existência de aquíferos, podendo atender, prioritariamente, o consumo humano, mas também se estender para as atividades econômicas. Com isso, não se descartaria que esta oferta apresentada também atenda as atividades do Porto Pecém os perímetros irrigados do Vale do Curu.

Tarifa

Segundo Farias, haverá estudos seguidos para efetivar as alternativas de oferta hídrica nas regiões mais afetadas pelo ciclo de seca e, consequentemente, pelo esvaziamento dos principais reservatórios que abastecem a Capital e cidades vizinhas.

No entanto, o presidente da Cogerh garante que haverá recursos do Estado e novos levantamentos para a expansão do programa de perfuração de poços, especialmente, em solos sedimentares, que se insere nas áreas de dunas, facilitando, assim, a perenidade das lagoas.

Para o serviço, segundo informou, se contará com equipamentos de perfuratrizes suficientes para atender a demanda e investimentos do próprio Estado.

Tarifa

Farias acrescentou que essa água será tarifada para os agentes que lidam com o tratamento, tais como a Companhia de Água e Esgotos do Ceará (Cagece) e Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), que atuam em alguns municípios cearenses.

Coincidência ou não, o anúncio dessa medida ocorreu um dia após a publicação no Diário Oficial sobre o reajuste das tarifas de águas subterrâneas. O gestor admitiu que a cobrança já acontece desde 1996 e agora houve apenas um aumento nos valores cobrados pelo Estado.

A ação que acontecerá no trecho compreendido entre Pecém e Paracuru é visto pela Secretaria de Recursos Hídricos como uma maneira de possibilitar a economia das reservas dos açudes que abastecem a Capital, especialmente o complexo formado pelos reservatórios do sistema Pacoti, Gavião e Riachão.

De acordo com o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, o trabalho técnico mostra possibilidade de captação de água através de perfuração de poços no litoral Oeste, onde foram verificados as condições mais viáveis. Naquela área, se atenderia a parte das demandas do lado Oeste da Região Metropolitana de Fortaleza.

Durante a reunião da sexta-feira passada, também foram apresentadas outras alternativas para garantir a oferta em regiões que já enfrentam dificuldades no abastecimento.

Foram destacadas ainda medidas adotadas pela Cagece, como obras para o reaproveitamento da água de lavagem dos filtros da Estação de Tratamento (ETA), no Açude Gavião; e a interligação do Açude Malcozinhado com o sistema de abastecimento do município de Cascavel, o que representará numa economia de 300 litros diários. Em Ocara, será construída uma adutora para trazer água do açude de Aracoiaba.

Marcus Peixoto

Bruno Prior é pintor, ambientalista e pastor protestante. Ele se envolve numa série de crimes, incluindo desde falsificação de quadros até lavagem de dinheiro. Por enganar um bispo evangélico para a construção de uma igreja no Red Light (Luz Vermelha), em Amsterdã, passa a ser alvo de uma caçada internacional. O dinheiro avaliado em milhares de euros é convertido em drogas e orgias.

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