Projeto Caatinga apresenta resultados

Fortaleza. Em 30 meses, houve uma forte contribuição para se reduzir a desertificação, proteção do bioma e proteção de nascentes e cursos d´água. Além disso, atuou na criação de dez Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e na gestão estruturadas das áreas protegidas.

O evento foi uma iniciativa da Associação Caatinga e aconteceu no auditório Luis Esteves Neto, na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em Fortaleza

Esses foram os principais pontos destacados durante a apresentação dos resultados do projeto "Caatinga Preservada - Segurança Hídrica e Emissão Evitada de Carbono no Semiárido". I iniciativa foi da Associação Caatinga e ocorreu na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Metas cumpridas

O presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Paulo Henrique Lustosa, presidiu o evento. Sobre o projeto, destacou o cumprimento das metas estabelecidas, especialmente com relação ao esforço na proteção de metade do território por RPPNs. "São iniciativas muito bem sucedidas, tal como a desenvolvida na Serra das Almas, nos Inhamuns".

Trata-se, conforme salientou, de uma propriedade particular, e que aderiu à filosofia de reserva particular. Agora, acrescenta que a expectativa é que experiências similares não apenas cresçam em número, como também passem a contar com recursos públicos, especialmente do governo do Estado.

Valor

"A ação desenvolvida pelo projeto foi de grande alcance e valor, uma vez que há uma sensibilidade maior com as florestas do bioma da caatinga e, por extensão, pelas nascentes, lagoas e açudes localizados nessa região", disse Paulo Henrique.

Ao todo, o projeto da Associação Caatinga autuou na criação e gestão de 17 Reservas Particulares do Patrimônio Natural, além da adequação ambiental de 10 propriedades rurais. Segundo a associação, 25 mil hectares do bioma foram preservados e 642 mil toneladas de carbono tiveram a emissão evitada. Importantes nascentes na região também foram preservadas, conforma a entidade.

"Com a redução significativa de riscos de desmatamento, queimadas e incêndios em uma área diretamente protegida de mais de 12.300 hectares, é possível assegurar que o carbono estocado nessas florestas não seja liberado pelos processos usuais de ocupação do solo.

A iniciativa contou ainda com patrocínio exclusivo da MPX, empresa de energia do Grupo EBX, que atua no estado. A MPX investiu R$ 800 mil no projeto.

Para o secretário executivo da Associação Caatinga, Rodrigo Castro, com o encerramento do projeto, o empenho agora será para que haja interesse na continuação, especialmente no sentido de atuar mais firmemente na preservação do meio ambiente no bioma caatinga.

"As ações nesse sentido são fundamentais, considerando com o rigor da seca que atua no momento na região e na necessidade que se tem em preservar as florestas e as nascentes", disse Rodrigo Castro.

A entidade foi fundada em 1998, com a missão de conservar a biodiversidade da caatinga. Em suas ações, trabalha na construção de uma rede de parceiros, potencializando a mobilização de pessoas e instituições interessadas na conservação da biodiversidade, abrangendo universidades, órgãos técnicos e de financiamento, proprietários rurais e agricultores familiares, empresários, terceiro setor e instituições governamentais.

Mais informações:

Associação Caatinga
Rua Cláudio Manuel Dias Leite, 50 - Cocó - Fortaleza
Telefone: (85) 3241 0759
www.acaatinga.org.br
 
Marcus Peixoto
Repórter
 

Marcus Peixoto

Bruno Prior é pintor, ambientalista e pastor protestante. Ele se envolve numa série de crimes, incluindo desde falsificação de quadros até lavagem de dinheiro. Por enganar um bispo evangélico para a construção de uma igreja no Red Light (Luz Vermelha), em Amsterdã, passa a ser alvo de uma caçada internacional. O dinheiro avaliado em milhares de euros é convertido em drogas e orgias.

Livro impresso: R$ 31,23
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