SDA aposta em zona livre da febre aftosa a partir de setembro

Aumento na fiscalização, criação de barreiras para movimentação do rebanho entre Estados e maior monitoramento das vacinas. Essas são as principais causas que poderão mudar o atual status do Ceará de risco médio para a febre aftosa para zona livre com vacinação a partir de setembro.

O titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins, disse, ontem, que há uma grande expectativa para a elevação no status, o que deverá acontecer até setembro próximo.

Essa mudança, conforme salientou, deveu-se aos esforços que o Estado vem empreendendo na contratação de 40 médicos veterinários, 21 agrônomos e 79 agentes rurais. Além disso, ampliou o número de escritórios da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adagri).

"Essas ações habilitaram o Ceará para uma fase seguinte que é a sorologia, que deve acontecer a partir da segunda quinzena de abril. Essa consiste em sortear propriedades rurais e coletar o sangue dos animais para verificar se há indícios ou não da doença", disse Martins.

Ele lembrou que há 13 anos não há nenhum registro de febre aftosa no rebanho cearense. Ele destacou que o relatório sobre a situação do Ceará e a provável mudança de status deverá ser apresentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em setembro. Desde então, tem considerado o aumento da pontuação das medidas de combate à aftosa, que passou dos 64 pontos para 78. O ideal é que se atinja 81.

O secretário do Desenvolvimento Agrário do Ceará, Nelson Martins, participou de encontro, em Brasília, com o Mapa, onde foi assinado um termo de compromisso para garantir a continuidade das ações de combate à febre aftosa. Segundo Nelson, mesmo com a elevação do status para zona de livre da aftosa, o Ceará continuará vacinando o rebanho, a exemplo dos demais Estados brasileiros que se encontram em igual situação. Lembrou que o único Estado onde não há a necessidade de vacinação é Santa Catarina.

Na reunião ocorrida em Brasília, participaram representantes do Maranhão, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Pará.

Todos esses Estados estão enquadrados na zona de risco médio de febre aftosa e o Mapa desenvolve um trabalho para que eles se tornem zona livre de aftosa com vacinação.

Deficiências

Martins ressaltou que entre os dias 5 e 9 de março houve auditoria do Mapa no Ceará para saber as condições do Estado de se tornar zona livre de aftosa com vacinação. Ele disse que o Ceará sofreu questionamentos, haja vista de alguns pontos não terem sido observados e obtidos notas satisfatórias. Uma delas é com relação a três grandes exposições de animais que aconteceram em 2011, em Cascavel, Pacajus e Quixadá, sendo que apenas nesta última houve fiscalização mais ostensiva dos animais, no tocante à vacinação.

"Nós estamos cumprindo uma série de exigências legais para atender às demandas do Mapa e fazer com que o Ceará se torne zona livre de aftosa. Assim nós poderemos ampliar os nossos negócios, vendendo até para outros Estados e até para o exterior", afirmou o secretário.

Dos 28 indicadores, apenas dois, relacionados à fiscalização, não foram observados, mas o Ceará, de acordo com Nelson Martins, ainda está numa situação melhor do que os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, que não estão com impedimentos para mobilizar seus rebanhos foram de seus limites.

Enquanto isso, o titular da SDA afirmou que além das contratações, ampliação dos escritórios a vacinação continuará sendo uma prioridade para se ter uma cobertura ideal para o rebanho cearense.

 

 

Marcus Peixoto

Bruno Prior é pintor, ambientalista e pastor protestante. Ele se envolve numa série de crimes, incluindo desde falsificação de quadros até lavagem de dinheiro. Por enganar um bispo evangélico para a construção de uma igreja no Red Light (Luz Vermelha), em Amsterdã, passa a ser alvo de uma caçada internacional. O dinheiro avaliado em milhares de euros é convertido em drogas e orgias.

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